Maria, medianeira de todas as graças

“Maria foi a que mais cooperou com a obra da Redenção” (João Paulo II) 



Isto é afirmado pelos Santos Padres e Doutores. São Bernardo, (†1153), disse: “Deus quis que recebamos tudo por Maria”. S. Luiz de Montfort afirma: “Deus Pai ajuntou todas as águas e denominou-as mar; reuniu todas as graças e denominou-as Maria”. E diz o Santo que “Jesus a fez a tesoureira de tudo que Seu Pai Lhe deu em herança; e é por ela que Ele aplica Seus méritos aos membros do corpo Místico, que comunica suas virtudes, e distribui Suas graças; é ela o canal misterioso, o aqueduto por que passam abundante e docemente Suas misericórdias. 

Deus Espírito Santo comunicou a Maria, Sua fiel Esposa, Seus dons inefáveis, escolhendo-a para dispensadora de tudo que Ele possui. Deste modo ela distribui Seus dons e Suas graças a quem quer, quanto quer, como quer e quando quer, e dom nenhum pé concedido aos homens que não passe por suas mãos virginais. Tal é a vontade de Deus, que tudo tenhamos suas mãos virginais. Tal é a vontade de Deus, que tudo tenhamos por Maria, e assim será enriquecida, elevada e honrada pelo Altíssimo aquela que em toda a vida quis ser pobre, humilde, e escondida até o nada” (Tratado da Verdadeira Devoção à Virgem Santíssima,  n. 23-25).

Foi por Maria que Jesus quis agir. Disse o Papa João Paulo II que “Maria foi a que mais cooperou com a obra da Redenção”. Por Maria Ele se encarnou; pela palavra de Maria santificou São João Batista, Seu precursor, no seio de Isabel. Foi por Maria que Ele, nas núpcias de Caná (Jo 2), mudou “seiscentos” litros de água em vinho da melhor qualidade, Seu primeiro milagre. Se a maior de todas as graças que recebemos de Deus Pai, Jesus Cristo, veio a nós por meio de Maria, como então todas as outras graças menores chegariam a nós, senão por ela, perguntam os santos? Se Deus nos abriu essa Avenida larga e bela que é Maria, para que por ela Seu amado Filho chegasse a nós, é lógico que tudo o mais nos venha por Maria. 

Dizem os santos que é para exaltá-la de um modo extraordinário que Deus determinou que por suas mãos hajam de passar e sejam concedidas todas as graças dispensadas a nós. Não que Deus não possa mandar-nos Suas graças sem que seja pelas mãos de Maria; apenas ele não o quer. É o que ensina Santo Afonso e muitos outros santos Padres e doutores (Glorias de Maria, p. 114).

Tornou-se célebre a frase: “O que Deus pode, mandando, Maria pode, rogando”. É a “onipotência suplicante”, como dizia São Bernardo: “Se tu não mereces a graça solicitada a Deus, bem a merece Maria que por ela se empenhará”. “Com todas as fibras do coração, com todos os sentimentos de nossas entranhas, com todo nosso ardor, veneremos Maria, pois esta é a vontade daquele que quer que tenhamos tudo por Maria”.

Prof. Felipe Aquino

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